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Informações e curiosidades do mundo da saúdeA importância da orientação aos adolescentes e adultos jovens sobre as imunizações
30 de Setembro de 2024
A partir dos 6 ou 7 anos de idade, começa um período na vida, que não há uma frequência definida de visitas ao médico, o esquema básico de vacinações, deveria estar consolidado. Nas clínicas privadas os sistemas de gerenciamento, já fazem as convocações automáticas, alertando sobre as vacinas necessárias, para uma proteção efetiva, segundo o calendário das sociedades científicas.
Desde 2010, alguns conceitos das vacinações foram modernizados conforme a ciência avança neste campo, aprendemos muito rapidamente que reforços são necessários, novos agentes ganharam importância na epidemiologia, novas plataformas de produção dos imunobiológicos foram colocadas no mercado, e depois do COVID então, mais “novidades” se apresentaram, principalmente a partir dos adolescentes, passando pelos adultos jovens e finalmente alcançando os idosos.
Existe um grande risco porque temos uma quantidade grande de adultos e idosos susceptíveis, por vários motivos, entre eles que vacinas novas que agora estão no mercado, não existiam e muitos destes indivíduos nem sabem que estes imunobiológicos estão disponíveis. Com exceção dos pediatras e infectologistas, outras especialidades médicas, nem sempre recebem as informações a respeito das novas vacinas em períodos constantes, neste caso, os indivíduos seguem sem informação, podendo ficar expostos a um risco epidemiológico, com aumento de enfermidades, que já estavam controladas, na vigência de surtos: correria aos postos, sobrecarga de serviços, pressão por vacinas para um contingente elevado de pessoas em um curto período de tempo, desabastecimento de insumos, interrupção de atividades assistenciais por conta da necessidade de realocação de pessoal e gastos não programados, como custos com horas adicionais de trabalho.
Em nosso serviço além desta convocação, aos pacientes, conforme as novas situações de vacinas mais modernas, temos o cuidado de informar das necessidades, quanto a maior eficiência na prevenção, por exemplo, dos 10 aos 50 anos de idade, o sistema imunológico, está em sua máxima eficiência quanto a produção de anticorpos, quanto as células de memória, estas últimas possibilitam a proteção a longo prazo, principalmente contra aquelas doenças que são mais frequentes nos idosos. Costumamos alertar que a partir dos adolescentes, alguns reforços ganham importância porque doenças infantis, podem estar em risco de retorno, por conta de adultos que nem sempre tomaram as doses e reforços necessários, há 20 anos atrás, hoje não é difícil surtos de sarampo, coqueluche, meningites, em grupos confinados (quartéis, universidades, etc) porque alguns elementos não receberam a informação sobre os reforços.
Hoje existem vacinas especiais por exemplo, contra a gripe para grupos imunocomprometidos e idosos, são vacinas com quantidade de antígenos maior que as vacinas para indivíduos sem doenças de base, que procuram manter a eficácia contra a doença nestes indivíduos comprometidos (exemplo, diabéticos, cardíacos, pacientes renais, pessoas com asma e outras doenças pulmonares crônicas, câncer, doenças autoimunes, e outras)
Os idosos temos que lembrar que a partir dos 50 anos começa um processo natural de perda de eficiência da imunidade, pela imunossenescência, nestes indivíduos vacinas que venham a provocar de forma diferente que a vacina comum, a imunidade, são importantes para manter a proteção nestes grupos mais indefesos.
Lembrando que 2 doenças, mesmo que a pessoa pegue a doença, NÃO protegem a vida inteira, precisam de reforços durante toda a vida TÉTANO e COQUELUCHE, inclusive até os 60 anos reforços de 10 em 10 anos e depois de 5 em 5. Porque a perda de anticorpos protetores neste grupo é fator de risco. Exemplo clássico, todos os idosos que não fazem reforço contra a coqueluche carregam o agente na orofaringe, e podem transmitir aos netos a doenças. Enquanto que, as crianças possuem o pneumococo na orofaringe e podem transmitir o agente para os avós, que muito provavelmente não foram vacinados, porque não existiam vacinas quando eles eram mais jovens.
Na próxima semana continuaremos com este assunto, para alertar sobre a necessidade de reforços e utilização de novas vacinas em população susceptível.