Atualização em imunização de pacientes crônicos

03 de Junho de 2024

Em algumas doenças crônicas, uma atenção especial ao calendário vacinal destas pessoas, é importante, visto que eles (as), podem desenvolver quadros clínicos complicados, se comparados com pessoas sem as doenças crônicas.

Doença Renal Crônica (DRC), Doença Hepática Crônica (DHC), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Doença Inflamatória Intestinal (DII), além de diabetes, HIV+, Doenças Cardiovaculares, Doenças auto imunes e Pacientes oncológicos, também são grupos que exigem atenção especial quanto a proteção pelas vacinas.

A Sociedade Brasileira de Imunizações acentua que estes pacientes necessitam de diferentes protocolos, e este assunto é de grande complexidade, apresentando constantemente novos conhecimentos. Estes pacientes têm grande preocupação com a segurança dos imunobiológicos, o que enfatiza a necessidade de esforços educacionais, para conservar bons índices de cobertura vacinal.

A vacina contra a gripe é uma vacina importante, porque se estes pacientes forem infectados, podem apresentar complicações de sua doença pré-existente, muito mais graves e diversas, que levam estas pessoas a hospitalizações e até a morte. A vacina da gripe é anual, e hoje temos nas clínicas privadas 2 tipos de vacinas, a quadriviral dose padrão, e a vacina quadriviral de alta dose, com 4 vezes mais antígenos em sua composição, esta última proporciona uma proteção mais abrangente por estimular mais o sistema imunológico destas pessoas, e que segundo vários estudos, geralmente tem menos internações e mortes, a cada período sazonal.

A vacina contra hepatite B, é sugerida pela SBIM em 4 doses (0–1-2-6 meses), se possível com o dobro do volume recomendado para a faixa etária, não se esquecendo que a hepatite A também pode ser aplicada nestes pacientes, assim como em pacientes com DRC.

A vacina recombinante contra o Herpes zooster, deve ser aplicada nos pacientes imunocomprometidos, visto que a grande maioria dos adultos já teve a varicela, ou catapora, e o agente está presente nos organismos, pode ser reativado por uma queda na imunidade, tanto pela doença, como pela idade.

A utilização de vacinas com elementos vivos, se necessária, devem ser feitas com pedido e acompanhamento do médico assistente, visto que a condição imunológica destes pacientes precisa ser muito bem conhecida para utilização de alguma destas vacinas.