Breve Histórico das Vacinas

28 de Março de 2022

A primeira vacina foi criada há três séculos e possibilitou o controle da varíola. De lá para cá, os imunizantes mudaram bastante, tendo a tecnologia e a ciência como aliadas, mas seu objetivo permanece o mesmo: combater a disseminação de doenças contagiosas, de modo a proteger não só o indivíduo vacinado, mas toda a população.

Estima-se que cerca de três milhões de vidas sejam salvas anualmente por conta da imunização, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Graças às vacinas, doenças graves como a poliomielite, difteria e o tétano neonatal foram controladas e a varíola erradicada, e outras dezenas podem ter o mesmo destino. É preciso ficar atento ao calendário vacinal não só durante a infância. Embora a maioria das vacinas existentes seja aplicada na infância, é importante ressaltar que imunizantes importantes são inoculados em jovens, adultos e idosos, como é o caso, por exemplo, da vacina contra a meningite meningocócica e contra o HPV em adolescentes, contra os pneumococos e Herpes zooster em idosos, e outras vacinas em pessoas em situações especiais, como as gestantes.

O que é a vacina?

A vacina é uma imunização ativa, ou seja, estimula o organismo a produzir anticorpos. Baseia-se na introdução do agente causador da doença (atenuado ou inativado) ou de substâncias que esses agentes produzem no corpo de uma pessoa, de modo a estimular a produção de anticorpos e células de memória pelo sistema imunológico.

Com essa produção de anticorpos e células de memória, a vacina garante que, quando o agente causador da doença infecte o corpo do imunizado, ele já esteja preparado para responder de maneira rápida, antes mesmo do surgimento dos sintomas da doença.

Algumas doenças que podem ser prevenidas com vacinação são poliomielite, tétano, meningite, coqueluche, sarampo, rubéola, gripe, febre amarela, difteria, hepatite B, pneumonia e, mais recentemente, a COVID-19.

No Brasil, entre 1940 e 1998, a expectativa de vida aumentou 30 anos como resultado, principalmente, da redução de óbitos por infecções evitadas por vacinas e o tratamento de água também. A comunidade fica protegida ao alcançar a imunidade de rebanho, termo tão em voga atualmente por causa do novo coronavírus. Tal imunidade acontece quando o número de indivíduos vacinados e protegidos é alto o suficiente para impedir a circulação do agente infeccioso, o que acaba por evitar que entrem em contato com indivíduos não vacinados que possuem algum tipo de contraindicação à vacina, e estes não adoecem.

No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) garante o acesso gratuito a 20 vacinas, que protegem contra mais de 40 doenças. A estratégia de vacinação em massa executada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) possibilitou a erradicação de diversas doenças infecciosas. Sem as vacinas, pessoas de todas as idades ficariam vulneráveis diante de doenças que podem ser prevenidas.

Como complemento ao PNI, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) oferecem calendários de vacinação que permitem expandir o espectro de proteção, com vacinas disponíveis na rede privada para diversas faixas etárias e indicações.

As vacinas utilizadas pelas clínicas privadas, oferecem proteção contra as mesmas doenças, das vacinas utilizadas pelo SUS, porém algumas diferenças são importantes salientar;

Primeiro as clínicas privadas utilizam, geralmente vacinas em frascos de dose única, que não contém conservantes, e são utilizadas apenas na pessoa vacinada, e depois descartadas, não existe manipulação para preparo de alíquotas da dose a ser utilizada. Algumas vacinas de dose única, são liofilizadas e precisam ser diluídas na hora da aplicação, este procedimento garante a qualidade do imunobiológico quanto a manutenção da temperatura na cadeia de frio. A única exceção é a vacina BCG que não existe em frasco de dose única.

Segundo qualquer clínica seja ela pública ou privada, somente utiliza imunobiológicos registrados, e seu uso autorizado pela ANVISA, que é a agência que regulamenta estes produtos no Brasil, as clínicas privadas por vezes tem acesso a produtos de última geração, que levam um tempo maior para chegar ao serviço público, porque existe um processo que exige um controle diferente das empresas privadas.

Terceiro o SUS, tem uma visão de Saúde Coletiva, o principal  foco é não deixar que doenças se espalhem pelo população, já que elas podem ser controladas com o uso das vacinas, evitando agravos (hospitalização) e mortes, enquanto as clínicas privadas também tem esta visão, mas o foco principal é a proteção individual, ou seja, evitar que aquela pessoa que está na sala de vacinas tenha o mínimo de possibilidade de ter a doença, utilizando o imunobiológico específico contra aquele agente causador do agravo. Com isso as sociedades científicas utilizam calendários mais abrangentes, por vezes com mais doses contra certas doenças, que o SUS, ou até faixas etárias diferentes visando ampliar a proteção individual.

Diminuição da cobertura vacinal

O desconhecimento sobre a importância do papel das vacinas no "sumiço" de doenças graves, associado à disseminação de fake news sobre efeitos colaterais das vacinas, têm contribuído para a diminuição da cobertura vacinal em todo o mundo.

No Brasil, um exemplo é o sarampo, que chegou a ser erradicado do país em 2016, mas voltou a circular dois anos depois. Em 2020, foram registrados mais de 7.700 casos da doença. Ainda sobre a realidade brasileira, segundo a SBP, a única vacina destinada a crianças que atingiu sua meta de cobertura em 2018 foi a BCG.

As vacinas são seguras e eficazes. Antes de serem liberadas para uso na população, elas passam por pesquisas e testes rigorosos. Entender a segurança e a relevância dos imunizantes para a saúde individual e coletiva é fundamental para mantermos a cobertura vacinal necessária.

 

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