O DESTINO DA DEMOGRAFIA?

Uma das razões pelas quais as vacinas têm recebido pouca atenção por parte dos economistas é que o caso da imunização universal da infância já não era claro. Os ganhos de saúde sozinhos são tão atraentes - e as vacinas tão seguras, eficazes e acessíveis - que havia pouco para os acadêmicos discutirem.

Agora, com as vacinas mais sofisticadas se tornando disponíveis e a "vacinação vitalícia" entrando no léxico da saúde pública, é hora de construir um caso mais robusto para a imunização. O envelhecimento da população em particular puxou imunização idosos no centro das atenções.

Bloom delineou as tendências demográficas que moldarão o nosso futuro. Todos os países europeus verão um crescimento de dois dígitos na proporção de pessoas com mais de 65 anos em suas populações: "Em 2045, mais de metade da população da Europa estará em países que são mais velhos do que o Japão hoje".

Ele disse que até duas décadas atrás demógrafos estavam principalmente ansiosos sobre o rápido crescimento populacional que estava ocorrendo globalmente. Hoje, em vez de se preocupar com o número absoluto de pessoas no planeta, o foco mudou para a proporção de idosos na sociedade.

No entanto, Bloom disse que ele permaneceu otimista de que o mundo iria se adaptar a esse desafio demográfico, assim como fez quando a população global saltou de três bilhões para seis bilhões durante o século 20. Enquanto as novas tecnologias e estratégias para gerenciar a mudança forem adotadas, as previsões demográficas do fim do mundo não precisam se materializar.

"Há algum alarme sobre a parcela da população global que será envelhecido 65 anos e mais velhos," disse. "A vacinação de idosos poderia ser parte da solução."

LIÇÕES DA EDUCAÇÃO

É praticamente indiscutível que investir no ensino precoce é um bom valor. Em países ricos e pobres, a educação universal tem sido um dom que continua a dar: ajudar a equipar as pessoas com as habilidades necessárias para melhorar suas vidas e ser economicamente produtivas. Também pode ser uma força poderosa para a igualdade social.

No entanto, até a cauda final do século 20, o caso não foi tão cortado e seco. Os economistas do Banco Mundial estudaram a taxa de retorno sobre a escolaridade, analisando 150 estudos de pesquisa de alta qualidade sobre o tema. Eles analisaram como os beneficiários da educação se saíram mais tarde na vida em termos de ganhos e outros indicadores, e concluíram que investir em educação proporcionou retornos de cerca de 10% a 20%. "A partir daí, eles não poderiam evitar a percepção de que era necessário mais investimento na educação", lembra Bloom. "Precisamos tirar uma página desse livro; Precisamos fazer para vacinas o que foi feito para a educação. Vamos então ver as vacinas elevadas ao nível da educação como um instrumento de progresso e melhoria humana ".

Para as novas vacinas, isso pode significar a adição de indicadores econômicos amplos aos ensaios clínicos que normalmente se concentram na segurança e eficácia da vacina. Para vacinas mais antigas, o acompanhamento de pessoas que participaram em estudos anteriores poderia desbloquear uma grande quantidade de dados, encontrando como suas vidas acabaram. Os participantes de ensaios clínicos já estão aleatorizados, pelo que, uma vez recolhidos os dados, seria relativamente fácil descobrir se os que foram vacinados eram mais saudáveis ??e mais ricos do que aqueles que não o eram.

Bloom diz que isso precisa ser feito país por país e vacina por vacina para que não haja tempo a perder. O retorno será um retrato mais completo de como as vacinas influenciam nossas vidas - que atualmente está ausente. "A desatenção para os benefícios econômicos das vacinas é bastante impressionante", disse ele. "A sub-avaliação vai de mãos dadas com o subinvestimento em vacinas e pesquisa, o que implica que a sociedade não está alocando recursos de forma eficiente."

PERCEPÇÃO DE RISCO (MIS)

Não só o impacto das vacinas é subestimado, mas o risco de algumas doenças preveníveis por vacinação também é severamente subestimado, de acordo com uma pesquisa europeia. Na Europa, estima-se que haja três milhões de casos de pneumonia todos os anos, resultando em um milhão de hospitalizações e 120.000 mortes. No entanto, a maioria dos europeus sabe surpreendentemente pouco sobre a doença.

O estudo PneuVUE , realizada pela Ipsos MORI, pesquisou mais de 9.000 pessoas com mais de 50 anos em nove países. Encontrou que 88% dos povos reivindicaram saber o que pneumonia é - mas apenas 44% souberam que algumas formas da pneumonia são contagious e 20% não identificaram a doença como sendo uma infecção do pulmão.

A Dra. Jane Barratt, Secretária-Geral da Federação Internacional sobre o Envelhecimento, descreveu o estudo PneuVUE como um dos mais importantes em que esteve envolvida, acrescentando que a vacinação contra a gripe e pneumococos pode ajudar as pessoas mais velhas a manter a autonomia.

Barratt, que também lidera a Coalizão Mundial sobre a Vacinação de Adultos, disse que a vacinação é uma parte importante de seu trabalho de advocacia para as pessoas mais velhas, e pediu a outras organizações para se juntarem a ela para colocá-la na agenda de políticas de saúde. "É hora de que as organizações de diabetes e aqueles que trabalham com pessoas que sofrem de doenças pulmonares participar da conversa também," ela disse Vacinas Today.

Benefícios da vacinação para idosos

Limitar:
- Economia de custos de saúde - Ganho de saúde

Amplo:
- Ganhos de produtividade relacionados a resultados
- Ganhos de produtividade relacionados ao cuidado
- Contribuições voluntárias à família e à comunidade
- Externalidades da comunidade baseadas na saúde
- Infecções nosocomiais
- Ganhos de redução de risco
- Igualdade social

(Bloom, 2016)

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