Imunossenescência

06 de Junho de 2022

O envelhecimento é um processo que envolve complexas mudanças celulares e moleculares, incluindo um declínio generalizado das funções imunológicas denominado de imunossenescência.

Imunossenescência = Declínio das funções e desregulação do sistema imunológico

Inflammaging = (Inflammation + aging) processo inflamatório crônico + desequilíbrio do sistema imunológico associado a processos inflamatórios crônicos e independentes de patogenos

As consequências clínicas da imunossenescência, concomitante ao processo denominado (inflammaging) incluem uma maior suscetibilidade às infecções respiratórias, neoplasias, tumores, doenças autoimunes e doenças cardiovasculares.

Centenários são exemplos de envelhecimento bem-sucedido e apresentam um sistema imune muito bem preservado. Agora observando individualmente a população, temos fenômenos que demonstram o desgaste no organismo com o aumento da expectativa de vida.

A redução de células progenitoras (T e B) altera a resposta adaptativa. Queda na função fagocitária impacta diretamente na resposta inata. As consequências do envelhecimento nas defesas, leva ao aumento da susceptibilidade a infecções e consequente queda na resposta a novos Ag (vacinas)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) de?ne pessoa idosa como aquela de 60 anos de idade ou mais, para os países em desenvolvimento2,3. Na população idosa brasileira, 57% são mulheres e 43% homens.

2014 = 20 milhões ---------------> 2060 = 73,5 milhões de brasileiros com 60 anos

2014 = 1 em cada 10 = idoso ---> 2060 1 em cada 3 = idoso

De 1960 a 2010 expectativa de vida de 48 anos para 73 anos, em 2060 deve alcançar 81,2 anos.

Nº filhos gerados por mulher era de 6,3 e caiu para 1,9, valor abaixo do nível de reposição, isso gera alteração na pirâmide da faixa etária, refletindo uma estrutura populacional mais envelhecida, característica de países mais desenvolvidos.

A Previdência e os Planos de Saúde, devem antecipar ações que proporcionem um envelhecimento mais ativo e maior protagonismo dos idosos, um desafio é buscar atendimento integral, por profissionais capazes de organizar um cuidado específico, aumento da responsabilidade dos geriatras. Ação multidisciplinar (aspecto preventivo, educadores físicos, inserção social – aspecto familiar e assédio financeiro/consignados, nutricionistas, imunizações, desaposentados contribuição à previdência sem os benefícios, reajuste dos planos de saúde.

A vacinação está diretamente relacionada com a melhor expectativa e qualidade de vida. Pessoas imunocompetentes têm mais condições de enfrentar adversidades associadas a vírus e bactérias. Isso torna um grande equívoco negligenciar a prevenção de danos à saúde por meio de imunobiológicos, independente da faixa etária. Uma pesquisa denominada Prevenção na Maturidade, feita pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) em 11 capitais do Brasil, mostrou que 59% da população nas capitais brasileiras sabem da importância de se tomar vacinas, mas a maioria desconhece quais são as vacinas mais recomendadas para cada idade. 

A pesquisa apontou que 72% já se vacinaram depois dos 50 anos de idade. Desse percentual, 58% se vacinaram contra a gripe H1N1 em épocas de campanhas governamentais, 32% se vacinaram contra o tétano, 5% contra a hepatite B e somente 4% contra a pneumonia, o que é muito preocupante para os idosos.

Além disso, muitos indivíduos com mais de 60 anos estão ainda em franca atividade profissional, com responsabilidades e contribuindo para a renda familiar. Portanto, seu adoecimento pode acarretar, além da falta no trabalho e prejuízos financeiros, a transmissão de doenças infecciosas à família.

Outros aspectos importantes são a proximidade entre avós e netos, uma vez que as crianças são importantes agentes de doenças infecciosas; e as mudanças nos padrões de sexualidade, com consequente aumento das doenças sexualmente transmissíveis entre os maiores de 60 anos. Cabe ao médico investigar a situação vacinal, identificar quais vacinas devem ser indicadas e orientar o idoso sobre a importância de mantê-las atualizadas visando à prevenção de doenças.

No Brasil, a expectativa de vida já ultrapassa 74 anos, mas a equação que aponta um incremento na taxa de longevidade só faz sentido se for acrescentada a ela o coeficiente de qualidade de vida. O envelhecimento está relacionado a maior ocorrência de doenças degenerativas e, contra elas, a ciência tem se dedicado a buscar meios para o controle ou a cura. A população global com idade superior a 60 anos deverá triplicar por volta de 2050. As estimativas apontam que deverá chegar a 2 bilhões. Essa taxa vai crescer principalmente em países menos desenvolvidos do que naqueles que já possuem alta taxa de população idosa. Doenças que impactam a vida de idosos já podem ser prevenidas ou amenizadas com o auxílio de vacinas.

As alterações imunológicas associadas ao envelhecimento fazem aumentar o risco de infecções que, em idosos, podem estar associadas com declínio funcional inespecífico e comorbidades, promovendo nesse grupo populacional maior número de hospitalizações e morbimortalidade. Esses são alguns dos aspectos que justificam a imunização como parte fundamental dos programas de prevenção e promoção da saúde do idoso.

Muitos aposentados mantém em dia sua carteira de vacinação, fazendo questão de manter tudo em ordem porque a prevenção da saúde é fundamental, ainda mais com a idade chegando. E as vacinas são o meio para que seu organismo possa se proteger de doenças. “Prevenir é melhor do que remediar”. Prevenir doenças nada mais é do que melhorar a qualidade de vida e economia do bolso, já que grande parte dos brasileiros gasta uma parcela considerável de seu orçamento mensal com medicamentos. A SBIm recomenda a prevenção de doenças imunopreveníveis por meio de vacinas, com atenção especial para as doenças pneumocócicas (DP), a hepatite B, tétano e a gripe (influenza), principalmente para as pessoas acima dos 50 anos de idade.

“Viver mais implica em ter qualidade de vida, mas para isso precisamos da prevenção”. O grande desafio é conscientizar adultos e médicos sobre a importância da vacinação também entre a população mais velha. “A vacinação é um passo fundamental para ajudar na prevenção, em conjunto com hábitos de vida saudáveis”.

Doenças que as vacinas previnem em idosos:


:: Pneumonia, quarta causa de morte nos países desenvolvidos, sendo três vezes mais comuns em pessoas acima dos 60 anos

:: O tétano, ainda frequente em muitos países, em especial na população acima dos 50 anos 

:: A difteria, que pode trazer problemas futuros em idades mais avançadas 

:: A pertussis, cuja morbidade parece ser substancial entre os idosos 

:: O herpes zoster, cujo risco de emergência aumenta com a idade - ocorre em 20% a 25% da população com mais de 60 anos 

:: A hepatite B, sexualmente transmissível

:: Algumas vacinas requerem precauções especiais, como é o caso do sarampo, da caxumba, rubéola, varicela e da febre amarela, composta por vírus atenuados 
 mais eficazes para doenças em idosos.

 

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