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Informações e curiosidades do mundo da saúdeOMS Revela: Vacinas podem reduzir uso de antibióticos em 22%
29 de Outubro de 2024
Sabemos que as vacinas desempenham um papel fundamental na prevenção de infecções, algumas delas, são causadas por bactérias que são resistentes a antibióticos, portanto, um uso adequado destas vacinas, pode colaborar, na redução do uso excessivo de antimicrobianos, retardando o surgimento e a propagação de patógenos resistentes a estes medicamentos. A OMS ressalta que, embora algumas vacinas já estejam disponíveis, é essencial aumentar sua utilização, além de desenvolver e disponibilizar no mercado novas vacinas o mais rápido possível.
O melhor combate a 24 patógenos, incluindo vírus, bactérias e parasitas, poderia reduzir o uso de antibióticos em 22% ao ano em todo o mundo. O que representa cerca de 2,5 bilhões de doses diárias de antibióticos a menos, contribuindo com os esforços globais de combate à resistência antimicrobiana.
Algumas dessas vacinas já estão disponíveis, vacinas conjugadas contra os pneumococos (contra as doenças pneumocócicas invasivas; pneumonias, sepses e meningites), contra a bactéria Haemophilus influenzae tipo B, que causa pneumonia e meningite; e contra a febre tifoide poderiam evitar até 106 mil mortes associadas à resistência antimicrobiana todos os anos.
Outra vacina importante, contra a tuberculose e ainda outra contra a superbactéria Klebsiella pneumoniae.
As pessoas vacinadas contraem menos infecções e evitam complicações provocadas por infecções secundárias, que podem exigir o uso de medicamentos antimicrobianos e mesmo de internação hospitalar, sobrecarregando os sistemas de saúde. Custos hospitalares com o tratamento de patógenos resistentes somam US$ 730 bilhões por ano.
Dados da OMS indicam que a vacina contra o Streptococcus pneumoniae (pneumococo) poderia poupar 33 milhões de doses de antibióticos ao ano, caso a meta de imunizar 90% das crianças em todo o mundo até 2030 seja cumprida. Adultos com mais idade também precisariam receber a dose para que o cenário se torne possível.
Uma nova vacina contra a tuberculose, quando desenvolvida, poderia poupar entre 1,2 a 1,9 bilhões de doses de antibióticos – parte significativa do total de 11,3 bilhões de doses desse tipo de medicação utilizadas todos os anos contra uma série de doenças.
O documento da Organização Mundial de Saúde (OMS) intitulado “Estimando o impacto das vacinas na redução da resistência antimicrobiana e do uso de antibióticos” apresentou dados avaliando o impacto de 44 vacinas direcionadas a 24 patógenos (19 bactérias, quatro vírus e um parasita) no combate a infecções resistentes a medicamentos e trouxe recomendações para fortalecer as ações contra a resistência antimicrobiana.
Os patógenos estudados no relatório foram Acinetobacter baumannii, Campylobacter jejuni, Clostridioides difficile, Enterococcus faecium, Escherichia coli Enterotoxigênica (ETEC), Escherichia coli patogênica extraintestinal ((ExPEC), Streptococcus do grupo A, Haemophilus influenzae tipo B (Hib), Helicobacter pylori, Klebsiella pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis, Neisseria gonorrhoeae, Salmonella não tifoide, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella Paratyphi A, Salmonella typhi, Shigella, Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Plasmodium falciparum (malária), Influenza, norovírus, rotavírus, vírus sincicial respiratório (VSR).