Por que continuamos perdendo Oportunidades para Vacinação? Parte 2

17 de Março de 2023

Por Marcos Tendler*

A OMS e a UNICEF emitiram em 15 de julho de 2020 um comunicado à imprensa alertando para o declínio das taxas de cobertura vacinal nos primeiros 4 meses de 2020. Esse declínio foi causado principalmente por interrupções de fornecimento de vacinas e a interrupção de serviços de vacinação em todo o mundo, causados principalmente pela pandemia do novo Corona Vírus.

Esse fato é preocupante muito em função de as taxas de cobertura vacinal já virem estagnadas em 85% no final da última década e ameaçam reverter o progresso conquistado para alcançar mais crianças e adolescente com um número ainda maior de vacinas do que no início do Programa Expandido de Vacinação (EPI).

Falando especificamente de Brasil a OMS e a UNICEF estimam que mais de 700 mil crianças deixaram de se vacinar em 2020 contra as principais doenças que são uma ameaça à saude.

O fator COVID-19

"As vacinas são uma das ferramentas mais poderosas da história da saúde pública, e mais crianças estão sendo imunizadas do que nunca", disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Mas a pandemia colocou esses ganhos em risco. O sofrimento evitável e a morte causadas por crianças que faltam às imunizações de rotina podem ser muito maiores do que o próprio COVID-19. Mas não precisa ser assim. As vacinas podem ser entregues com segurança mesmo durante a pandemia, e estamos pedindo aos países que garantam que esses programas essenciais que salvam vidas continuem."

Devido à pandemia COVID-19, pelo menos 30 campanhas de vacinação contra o sarampo estavam ou correm o risco de serem canceladas, o que poderia resultar em novos surtos em 2020 e além. De acordo com uma nova pesquisa da UNICEF, da OMS e da Gavi, realizada em colaboração com os Centros de Controle de Doenças dos EUA, o Sabin Vaccine Institute e a Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, três quartos dos 82 países que responderam relataram interrupções relacionadas ao COVID-19 em seus programas de imunização a partir de maio de 2020.

As razões para os serviços serem interrompidos variam. Mesmo quando os serviços são oferecidos, as pessoas não podem acessá-los por causa da relutância em sair de casa, interrupções de transporte, dificuldades econômicas, restrições ao movimento ou medo de serem expostas a pessoas com COVID-19. Muitos profissionais de saúde também não estão disponíveis devido a restrições de viagem ou remanejamento para os deveres de resposta do COVID, bem como a falta de equipamentos de proteção.

"O COVID-19 tornou a vacinação de rotina um desafio assustador", disse a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore. "Devemos evitar uma deterioração adicional na cobertura vacinal e retomar urgentemente os programas de vacinação antes que a vida das crianças seja ameaçada por outras doenças. Não podemos trocar uma crise de saúde por outra."

Como o Mercado Privado pode ajudar e voltar a crescer

No âmbito privado é preciso um grande esforço conjunto entre as Clínicas de Vacinação e a Sociedade Civil para que aqueles que tem acesso não interrompam suas rotinas de Vacinação. Como as Vacinas são uma ferramenta de uso coletivo cada criança vacinada também contribui para a diminuição nas taxas de transmissão de doenças infecciosas transmissíveis, que podem ser evitadas pela Vacinação e ajuda inclusive aqueles que não podem ser vacinados.

Entidades de Classe e a indústria produtora de Vacinas estão preocupados com a queda da procura por vacinas, mas não é o momento de buscar culpados e sim de encontrar lideranças e mecanismos que possibilitem a retomada do Mercado.

Particularmente tenho conversado com representantes de ambos os lados (Clínicas e Representantes da Indústria) e o que tenho notado é muito mais a busca por desculpas e justificativa para a atual estagnação do que a busca por soluções que possam auxiliar na retomada do Crescimento. É na crise que surgem as melhores e inovadoras ideias. Não podemos ficar parados.

Vacinação em Domicílio, uso da Internet como ferramenta de acesso e comercialização das Vacinas, uso de equipamentos de proteção individual e outros podem contribuir para reestabelecer a confiança da população e devem ser utilizados de forma sistêmica.

Conclusão

O momento exige a quebra de paradigmas e uso de ferramentas de comunicação e acesso que vêm sendo utilizadas com sucesso em outros Mercados. É claro que quando falamos em Vacinas, falamos em um serviço de saúde que deve seguir as regras de segurança e protocolos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde.

É possivel inovar, unir forças e trazer a população para Vacinação pensando fora da caixa. A inovação passa muito mais pela quebra do paradigma do “nada pode” para o “Vamos ver como é possivel fazer de forma segura e eficiente”. São vidas que estão em risco. Precisamos de alternativas para que a população se vacine e principalmente criar as condições para que isso aconteça.

Fonte de pesquisa e dados publicados neste artigo: Organização Mundial da Saúde

Agende já sua vacinação conosco e proteja-se!
Immunitas Vacinas - Vacina é para todos! ????
????Rua Oliveira Marques, 2370, Centro - Dourados/MS
???? (67) 3421-0091
???? (67) 98411-0091