SBIM publica 2 alertas importantes no Brasil (Febre Amarela e Coqueluche)

11 de Fevereiro de 2025

Alerta número 1 (04/02/2025) NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 27/2025 - DEDT/DPNI/SVSA

Alerta aos viajantes que se deslocarão para as regiões com detecções de Febre Amarela. A febre amarela (FA) é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), cuja transmissão se dá por meio da picada de mosquitos silvestres, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes.

Áreas de risco: Estados de SP, MG, Roraima e Tocantins. Os casos humanos foram em São Paulo 27 suspeitos, 20 confirmados e 1 morte, Minas Gerais foram 4 suspeitos, 3 confirmados e 1 morte, em Roraima 1 suspeito e em Tocantins 2 suspeitos.

Providencia sugerida, vacinação com 10 dias de antecedência a estes locais.

Alerta número 2 (06/02/2025) Nota técnica conjunta SBIM e SBP

ATUALIZAÇÃO EM COQUELUCHE Autores: Juarez Cunha (CRM-SP 66612), Melissa Palmieri (CRM-SP 100979), Renato Kfouri (CRM-SP 59492) e Isabella Ballalai (CRM-RJ 48039-5)

Coqueluche doença altamente contagiosa, popularmente chamada de “tosse comprida”.

Causada pela bactéria Bordetella pertussis , o ser humano é o reservatório natural, incubação em média de 5 a 10 dias, imunidade pós doença é duradoura, mas não permanente, por isso necessita reforços a cada 10 anos (dTpa). Nos 2 últimos anos 23/24 Colômbia, Reino Unido, EUA, China, Austrália e outros países, registraram aumento de casos e casos de morte. Segundo Painel Epidemiológico do Ministério da Saúde do Brasil, de 2024 a janeiro de 2025, as faixas etárias mais acometidas, em número absolutos, foram os menores de 1 ano (1.121 casos) e os adolescentes (1.534 casos). Dos 29 óbitos por coqueluche confirmados em 2024, 24 ocorreram em menores de 1 ano.

Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam três doses no esquema de vacinação primário, aos 2, 4 e 6 meses, e dois reforços, aos 15 meses e entre os 4 e 6 anos de idade. Preferencialmente, devem ser utilizadas vacinas com componente pertussis acelular, com o intuito de reduzir eventos adversos associados às vacinas de células inteiras. Além disso, as Sociedades preconizam uma dose de reforço na adolescência (entre 9 e 11 anos, para a SBIm; e entre os 13 e 15 anos, para a SBP) com a vacina dTpa (tríplice bacteriana do tipo adulto). Depois, são indicados reforços a cada 10 anos, por toda a vida, inclusive para adultos e maiores de 60 anos de idade. Reforços a partir de 5 anos após a última dose podem ser considerados, a depender do cenário epidemiológico da coqueluche e dos riscos relacionados a ferimentos (tétano). Para gestantes, a cada gravidez, é recomendada uma dose da dTpa, a partir da 20ª semana de idade gestacional. Caso a mulher perca a oportunidade de se vacinar no período, deve realizar a vacinação no puerpério, o mais precocemente possível. Embora a proteção de casulo (cocoon, em inglês), baseada na vacinação de contactantes de lactentes jovens com o objetivo de prevenir a transmissão para este importante e vulnerável grupo, seja custosa e de difícil implantação, alguns estudos têm demonstrado ser uma estratégia auxiliar possível na redução de risco de formas graves da doença.

CONFIRA AS CARTEIRAS DE VACINAS DE SUA FAMÍLIA E CONVERSE COM SEU MÉDICO SE AINDA HOUVER DÚVIDAS.