Serviço Público x Clínica Privada - Qual a diferença?

11 de Abril de 2022

Tem sido frequente o questionamento sobre "onde vacinar o meu filho? A vacina oferecida nos postos de saúde é igual à vacina das clínicas particulares?"

Os sistemas público e privado se completam, a ideia é somar esforços no intuito de proteger o indivíduo e a comunidade à qual ele pertence.

Cabe ao sistema público vacinar o indivíduo com foco na saúde coletiva.

Cabe ao sistema privado vacinar o indivíduo com foco na proteção individual, contra todas as doenças preveníveis por vacinas, utilizando produtos licenciados, por vezes mais modernos e oferecendo mais conforto e segurança.

As vacinas de ambas são seguras e protegem a saúde do bebê e criança, contudo há benefícios na rede privada. Apesar de ambas terem ótima qualidade e garantirem a proteção do seu bebê, algumas vacinas oferecidas na rede pública são diferentes daquelas existentes na rede privada. Saiba quais são essas diferenças e entenda como isso afeta a saúde do seu filho.

Algumas vacinas importantes não são aplicadas na rede pública, embora sejam testadas, aprovadas e recomendadas pelas sociedades médicas.

Outras, apresentam uma geração mais moderna, podendo ser aplicadas combinadas com outras vacinas reduzindo o número de injeções, além de algumas delas serem mais purificadas, com menor possibilidade de eventos adversos.

Nas clínicas privadas geralmente não se usam frascos multidoses, apenas dose individual, o que diminui a manipulação da vacina a ser injetada, diminuindo assim a possibilidade do erro humano. Também não exige utilização de conservantes, que são substâncias para impedir possíveis contaminações, pela maior necessidade de manipulação.

O calendário da SBIM (Sociedade Brasileira de Imunização) norteia as recomendações de vacinação na rede privada, para todas as faixas etárias e grupos populacionais, enquanto o Programa Nacional de Imunizações (PNI) norteia os calendários de vacinação da rede pública. Apesar dessa diferença, os dois calendários são complementares.
Quando falamos em vacinação, quanto mais proteção, melhor.

 

Tríplice bacteriana DTPa e tríplice bacteriana DTPW

 

As vacinas tríplices bacterianas protegem o bebê contra difteria, coqueluche e tétano. Na rede pública está disponível a DTPw que é feita a partir de células inteiras da bactéria. Já na rede privada existe a versão DTPa que é acelular, ou seja, não é feita com as células inteiras, mas sim com proteínas. "Ela é uma vacina mais purificada, só contém o que realmente é necessário para proteger o ser humano e por isso as chances de ocorrerem eventos adversos são menos frequentes e intensas".

Caso seu bebê tenha tomada uma dose da DTPw, que é oferecida na rede pública, e tenha apresentado febre alta por um tempo prolongado e outras reações adversas é recomendado passar a oferecer a DTPa. "Quem começou com uma pode completar o esquema com a mesma ou com a outra (são cinco doses em 2, 4, 6, 15 meses e 4 a 6 anos). Mas a proteção oferecida pelas duas vacinas é adequada contra a difteria, tétano e coqueluche, desde que seguindo os esquemas vacinais propostos".

 

 

 

Vacina hexavalente

É uma vacina que combina 6 componentes em uma única injeção: Salk (pólio inativada), tríplice acelular (difteria, tétano e coqueluche), Haemophylus influenzae do tipo b e hepatite B. Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares e pode ser utilizada aos 2 e 6 meses de vida do bebê.

 

Hepatite B

Aplicada nas clínicas particulares combinada com a DTPa + Hemófilus + Polio (vacina Hexavalente), diminui o número de injeções na criança.

 

Vacina pentavalente

É uma vacina que combina 5 componentes em uma única injeção: Salk (pólio inativada), tríplice acelular (difteria, tétano e coqueluche) e haemophylus influenzae. Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares e pode ser utilizada aos 4 meses de vida do bebê e no 1º reforço, aplicado geralmente com 15 meses de vida.

No sistema público usa-se a vacina tríplice (difteria, tétano e coqueluche) produzida com célula inteira da Bordetella pertussis, uma vacina que causa alto índice de reações adversas. Nas clínicas privadas só existe a DTPa, vacina acelular. Nesta vacina o componente da coqueluche é produzido por engenharia genética, não se usa o capside da bactéria. Resultado: incidência menor de reações adversas.

 

Poliomielite

Nas clínicas particulares só se usa Polio Inativada, aplicada na mesma seringa que a DTPa. Esta vacina confere alta proteção e risco zero de causar a PPV - poliomielite pós-vacinal - um raríssimo efeito colateral da vacina Sabin.

 

Vacina Haemophilus influenzae tipo b e seus reforços

Haemophiluis influenzae tipo b é uma bactéria que pode causar uma série de doenças infecciosas com complicações graves, como: pneumonia, dor de ouvido, inflamação na epiglote, meningite, inflamação nas articulações, entre outros.

A vacina contra esta bactéria está disponível tanto na rede pública quanto na privada, com a diferença de que na rede privada há uma dose a mais. "O esquema padrão inicial dessa vacina é de 4 doses, que seriam 3 mais o reforço. Contudo, quando o Ministério da Saúde adotou essa vacina, a imunização em massa permitiu reduzir a circulação da bactéria e quando ela é praticamente eliminada, três doses são o suficiente. Dar a quarta dose é mais um cuidado extremo do que uma necessidade".

 

Vacina Rotavírus monovalente e vacina rotavírus pentavalente

A vacina de rotavírus é uma vacina de vírus vivo, oral. Ela pode ser monovalente, que protege apenas contra um sorotipo de rotavírus, mas oferece proteção cruzada contra outro sorotipo e é dada em duas doses. A vacina rotavírus monovalente é oferecida na rede pública.

A outra opção é a vacina pentavalente, que está presente na rede privada. Ela oferece imunidade contra 5 sorotipos diferente de rotavírus e é feita na clínica em três doses. Bebês que iniciam a vacinação com uma determinada vacina devem idealmente terminar o esquema vacinal com o mesmo produto. "Mas, na falta do mesmo produto, a vacinação não deve ser interrompida e a vacina que estiver disponível deverá ser administrada. Caso uma das doses tenha sido da vacina pentavalente, o total de três doses deverá ser realizado. E é importante ter atenção aos intervalos e datas limite para a aplicação dessas vacinas". Assim, a vacina pentavalente oferece uma proteção mais ampla.

 

Pneumococos

Vacina pneumocócica conjugada 10 e vacina pneumocócica conjugada 13

As vacinas pneumocócicas conjugadas protegem as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, como pneumonia, meningite e otite média aguda. A vacina pneumocócica conjugada (VPC 10), que está presente na rede pública, protege contra 10 subtipos de pneumococos. Já a vacina pneumocócica conjugada (VPC 13) irá proteger contra 13 subtipos de pneumococos. "Os principais pneumococos estão presentes na VPC10, mas a VPC13 irá proteger contra mais três subtipos, fazendo com que ela seja uma opção interessante". Dois dos sorotipos presentes apenas na VPC13, apresentam uma resistência maior a antibióticos (sorotipos 3, 6A e 19A) que podem necessitar de maiores cuidados e a utilização de antimicrobianos mais específicos e por consequência aumentam o valor financeiro dos tratamentos.

A VPC 13, conta com 3 doses dadas aos 2, 4 e 6 meses e um reforço de 12 a 15 meses. "Se começar o esquema no posto de saúde, pode-se aplicar inicialmente a VPC10 (2 doses) e completar a 3ª dose e o reforço com a VPC13. Crianças com esquema completo de VPC10 podem se beneficiar com uma dose adicional de VPC13 com o objetivo de ampliar a proteção em crianças de até 5 anos, respeitando o intervalo mínimo de dois meses da última dose".

 

Pneumócica conjugada 13-valente (VPC13)oc

A vacina pneumocócica conjugada 13-valente protege contra os 13 sorotipos da bactéria pneumococo, causadora da meningite, otite e pneumonia, que mais atingem as crianças em todo o mundo. E também protege contra os tipos mais prevalentes no Brasil. A vacina inclui os sorotipos 4, 6B, 9V, 14, 18C, 19F e 23F (já presentes na 7-valente) e mais 6 sorotipos (1,3,5,6A,7F e 19A). Esses seis novos sorotipos presentes na vacina Pneumocócica conjugada 13-valente são frequentemente associados com maiores casos de reincidência e também de doença invasiva. "Esta vacina tem potencial de cobertura de 92% da doença pneumocócica invasiva em crianças menores cinco anos". "A proteína utilizada nesta vacina, CRM 197, tem mais de 20 anos de história e é a única usada com segurança em milhões de crianças em todo o mundo".

 

Meningite - Meningocócica conjugada C, Meningocócica B e Meningocócica conjugada ACWY

A rede pública imuniza as crianças contra a meningite causada pela bactéria meningococo do sorogrupo C, enquanto que que na rede privada são disponibilizadas vacinas contra os sorogrupos A, C, W, Y (vacina meningocócica ACWY) e sorogrupo B (vacina meningocócica B). Vale ressaltar que, apesar de raras, as meningites meningocócicas são graves e podem levar a óbito em poucas horas - destaque para a meningite B, que atualmente é a mais comum na faixa etária infantil.
A vacinação deve iniciar-se o mais precocemente, visto o risco da doença no primeiro ano de vida. Lactentes, crianças e adolescentes ainda não vacinados devem iniciar a vacinação com MenB assim que possível, respeitando-se o número de doses do esquema primário e os intervalos mínimos para cada faixa etária.

No serviço público, hoje temos apenas a vacina Meningocócica C conjugada, em 3 doses aos 3meses, 5 meses e reforço com 12 a 15 meses.

 

Vacina influenza

Na rede pública a vacina influenza, que protege contra a gripe, só é oferecida até os 5 anos de idade, idosos acima de 60 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da área da saúde, presidiários e trabalhadores do sistema carcerários e doentes crônicos. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda que todos sejam vacinados anualmente contra a influenza, independente da idade. "No Brasil não conseguimos doses para toda a população, por isso é preciso ter prioridades, como as crianças até 5 anos de idade". Contudo, na rede privada é possível tomar esta vacina, sem pertencer aos grupos de risco. A partir de 2015 a rede privada oferece a vacina influenza tetravalente que amplia a proteção contra a gripe, utilizando 4 cepas da gripe H1N1, H3N2, Yamagata e Victoria.

Rede pública vacina trivalente, 3 sorotipos de vírus

 

Vacina contra o HPV

A rede pública já oferece a vacina contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. O problema é que o benefício não se estende para as outras faixas etárias. Na rede privada a vacina está disponível para adolescentes e adultos.

 

Vacina contra a hepatite A

A rede pública vacina as crianças contra a hepatite A com um ano de idade. "Contudo a rede privada segue a recomendação da SBIm e seis meses após esta primeira dose, aplica uma segunda". Uma única dose desta vacina garante proteção até os 10 anos, mas não há certeza quanto a vida adulta. A segunda dose irá garantir a imunidade contra a hepatite A também na vida adulta.

 

Vacina varicela

A vacina varicela irá proteger as crianças contra a catapora. Contudo, a rede pública oferece apenas uma dose dela. "Isto não é o suficiente para prevenir a doença, apenas para evitar que a pessoa contraia versões mais graves dela. Na rede privada são oferecidas duas doses, sendo que a segunda irá de fato proteger contra a doença".

Uma outra diferença significativa, é que as clínicas privadas, geralmente utilizam frascos de vacinas para aplicação em dose única, não há manipulação para diluição de amostra, tudo já está pronto, que torna o uso exclusivo para aquele paciente, além de não conter nenhum tipo de conservante na amostra.

 

Prevenir é tudo!!!

Vacina é para todos!!!

 

 É muito comum surgirem dúvidas quanto a diferenças das vacinas oferecidas pela rede pública versus rede privada, mas é importante pontuar que todas as vacinas, seja da rede pública ou privada, passam pelos mesmos critérios de avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de serem aprovadas, e possuem eficácia similares e segurança equivalentes. 

No entanto, a maior cobertura contra determinadas doenças, o menor risco de reações garantem que as vacinas oferecidas pela rede privada sejam uma ótima opção, especialmente na faixa etária infantil.

A vacinação é considerada pela OMS uma das maiores conquista da humanidade!

Os brasileiros adultos não se dão conta de que sua cartela de vacinas deve ser atualizada periodicamente e que muitas vacinas não estavam disponíveis há alguns anos, o que leva à necessidade não só dos reforços, mas de atualização das imunizações do adulto com o que há disponível hoje.

A vacinação de adultos tem dois objetivos principais – ambos no sentido de diminuir a mortalidade precoce e a melhoria da qualidade de vida: a eliminação de doenças no país e a proteção individual.

Hoje as doenças infecciosas são percebidas como um agravo a que estão expostos os trabalhadores de diversas atividades, e algumas delas como causadoras de prejuízos socioeconômicos para as empresas – é o caso da gripe, por exemplo.

Esses fatos colocam a vacinação ocupacional como uma necessidade.

A responsabilidade médica no processo de prevenção com imunizantes. A produção de vacinas é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das intervenções de saúde pública com maior impacto na prevenção de doenças infectocontagiosas e, portanto, na saúde mundial. A outra é o consumo de água potável.

A prática rotineira da vacinação levou à erradicação do vírus da varíola no mundo e à eliminação da poliomielite nas Américas; permitiu, no Brasil, o controle da rubéola congênita, do tétano neonatal, da difteria e do sarampo, e diminuiu drasticamente a incidência de coqueluche, rubéola, caxumba e meningite pelo Haemophilus influenzae do tipo b.

Porém, levantamentos de órgãos internacionais, realizados durante a consulta médica, mostram que cerca de 76% dos pacientes não completam os calendários básicos de imunização, e, destes, apenas 7% recebem a orientação adequada. Essa falha no calendário vacinal de rotina torna necessário, em várias situações, o uso da imunização passiva (administração de anticorpos). É o que frequentemente ocorre nos casos de ferimentos ou de acidentes em hospitais, com material cortante. Situações que demandam procedimentos mais caros, como a administração de soros ou imunoglobulinas antitetânica e anti hepatite B em caráter de urgência.

Ocorre que os profissionais de saúde têm um grande papel no desenvolvimento de uma mentalidade voltada para as ações preventivas. A avaliação de rotina do histórico vacinal, nos ambulatórios e consultórios, abre a possibilidade de diminuir os custos sociais ocasionados pela ocorrência das doenças que não foram evitadas simplesmente pela desinformação.

Cabe ao médico a responsabilidade de prescrição da vacina para adultos e crianças. E é sua obrigação informar o paciente sobre qualquer recurso disponível para a manutenção da sua saúde.

Dessa forma, para vacinar os funcionários, a empresa deverá encaminhá-los à rede pública ou a um serviço privado de vacinação devidamente credenciado pela Anvisa. Se for de interesse da empresa que seu serviço médico aplique vacinas será necessário possuir: alvará de funcionamento para essa atividade específica; registro do serviço junto ao CRM; licença da Vigilância Sanitária para vacinar e registro junto ao setor da Secretaria de Saúde Estadual ou Municipal responsável pelo PNI em cada região. A Portaria Conjunta Anvisa/Funasa nº 01, de 2 de agosto de 2000 prevê também a vacinação extramuros realizada por serviço privado, credenciado e habilitado para a função.

 

 

 

SBIm - Sociedade Brasileira de Imunizações

 

AVISO À POPULAÇÃO – VACINAS EM CLÍNICAS PARTICULARES

Devido à:

1- Necessidade de disciplinar o funcionamento dos estabelecimentos privados que exercem atividades de vacinação, garantindo a segurança e mesmo a efetividade das vacinas; 2- Necessidade de se exercer, por parte do Sistema Único de Saúde, maior controle sobre os dados de vacinações realizadas no âmbito do setor privado em todo o país, a ANVISA publicou no ano 2000 (portanto, há mais de dez anos), a Portaria que exige o licenciamento obrigatório para realizar-se vacinação em estabelecimentos privados. "Portaria Conjunta Anvisa/Funasa nº 01, de 2 de agosto de 2000".

Nenhuma clínica, hospital, farmácia ou empresa pode aplicar ou atestar a vacinação sem essa licença específica. Infelizmente, mesmo sendo proibida também a venda de vacinas pelos distribuidores a consultórios, indústrias e assemelhados, a prática de vacinação à margem da legislação vigente ainda é muito frequente.

Esses locais, como funcionam sem licenciamento, não são fiscalizados pela Vigilância Sanitária, não estão acreditados pela coordenações de imunizações municipais e, portanto, não enviam os relatórios das condições de armazenamento e nem fornecem dados sobre os vacinados e a vacinação que realizam.

As vacinas aplicadas nesses locais não são reconhecidas legalmente. Portanto, antes de se vacinar, verifique junto à Vigilância Sanitária de sua cidade se o local possui licença para aplicar vacinas, segundo a legislação vigente no Brasil.

 

Vacinação é assunto sério!

Garanta a saúde de sua família!

 

Agende já sua vacinação conosco e proteja-se!
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