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Vacina apenas na infância? Não os adultos também.

06 de Abril de 2022

 Você sempre achou que as vacinas eram necessárias apenas durante a infância? Mas não é bem assim: os adultos (dos 20 aos 59 anos) e idosos (a partir dos 60 anos) também possuem um calendário específico de vacinação, segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que previnem contra várias doenças graves.

 

Isso não quer dizer que a vacinação durante a infância é em vão, muito pelo contrário, mas o que acontece é que a proteção adquirida quando somos vacinados quando crianças pode diminuir com o tempo e os reforços são necessários. Além disso, hoje em dia já existem novas tecnologias: as vacinas também se tornaram mais modernas e novos tipos foram criados pelos cientistas.

 

Então, quais são as principais vacinas que os adultos precisam tomar?

 

1. Vacina da Febre Amarela: indicada para pessoas de 6 meses a 60 anos, conforme recomendação Sbim e para pessoas que moram ou vão viajar para regiões de risco dessa doença. Também é exigida em viagens ao exterior;
2. Vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano): são necessárias de duas a três doses, para meninas e mulheres (9 a 45 anos) e meninos e homens (9 a 26 anos), protegendo contra o câncer do colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus e verrugas genitais;
3. Vacina Tríplice bacteriana acelular:contra a difteria, tétano e coqueluche, sendo necessário o reforço a cada 10 anos depois da primeira dose na infância;
4. Vacina da gripe:essa vacina, contra o vírus influenza, dose única anual, protege contra H1N1, H3N2 e as gripes sazonais, indicada a partir de 6 meses de idade sem restrição de faixa etária;
5. Vacina Meningocócica ACWY e B:contra a meningite, a ACWY é de dose única na fase adulta e a B é tomada em duas doses com intervalo de 1 a 2 meses;
6. Vacina Tríplice viral:protege do sarampo, caxumba e rubéola, indivíduos com história pregressa de sarampo, caxumba e rubéola são considerados imunizados contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação;
7. Vacina da Catapora:chamada oficialmente de varicela, é necessária para pessoas que nunca tiveram a doença, sendo recebida em duas doses;
8. Vacina da Dengue:recomendada para adultos de até 45 anos que já tiveram dengue, sendo três doses com intervalo de 6 meses entre elas;
9. Vacina da Hepatite A, B ou A+B: para a hepatite A, são duas doses, e para a de hepatite B ou A+B, três doses;
10. Vacina Pneumocócica conjugada: previne contra as doenças pneumocócicas, pneumonia (infecção no pulmão), meningite pneumocócica (infecção no tecido que recobre o cérebro e a medula espinhal), bacteremia (infecção no sangue), conjuntivites e otites;
11. Vacina contra o Herpes Zoster: conhecida como "cobreiro", é uma doença causada pelo vírus varicela-zoster (VVZ), o mesmo que causa catapora. Necessária uma ou 2 doses, dependendo da vacina a ser utilizada, a partir dos 50 anos.

 

Mas por que devo me vacinar?

 

As vacinas protegem toda a sociedade de forma coletiva, principalmente aqueles que você ama, pois evitam que você se contagie e transmita a doença.

 

Quer ver um exemplo?

 

Segundo o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos) a coqueluche é uma das principais causas de morte de bebês de até três meses, pois nessa idade ainda não podem se vacinar. E quem transmite para eles? Os adultos. Por isso, a vacinação de adultos e idosos é essencial para promover a SAÚDE da nossa população.

 

Quer ver outro exemplo?

 

Sarampo, em 2016 o Brasil recebeu o prêmio de país livre de sarampo, durante 20 anos não foram registrados casos endêmicos, apenas casos vindos de outros países.

2015 = 3809 casos

2016 = 1536 casos

2017 = 2154 casos

2018 = 12.579 casos

2019 = 22537 casos

2020 = 8678 casos

2021 = 668 casos até março

 

Desde 2018 foram 39.300 casos de sarampo, com a queda significativa das coberturas vacinais da vacina tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola), especialmente a segunda dose.

D1 caiu 92,6 % em 2018 para 71,4 % em 2021  

D2 caiu de 76,8 % em 2018 para 50 % em 2021

Com estes números, voltamos a ser um país em que o sarampo é endêmico, junto à pandemia de COVID 19, difteria e poliomielite voltam a ser preocupação, junto com febre amarela e gripe.

 

Portanto, a retomada na vacinação destas doenças, podem consertar esta situação, junto à população. Neste ano (2022) devemos fazer um esforço extra para voltarmos a um estado mais protegido de doenças que podem ser prevenidas por vacinas.