Vacinas contra câncer, quais são conhecidas hoje?

10 de Maio de 2024

Algumas vacinas utilizadas hoje de rotina podemos dizer que são vacinas importantes contra câncer, são elas a vacina contra HPV (Gardasil 9) e vacina contra hepatite B.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a vacinação de meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade e meninos e jovens de 9 a 26 anos, com a vacina GARDASIL 9. As pessoas de 9 a 14 anos devem receber 2 doses, com 6 meses de intervalo, acima desta idade são 3 doses 0, 2 meses e 6 meses, após a dose inicial.

Infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas pelos tipos de HPV 6,11,16,18,31,33,45,52e58.

Sorotipos (16,18,31,33,45,52e58), previnem o câncer de colo do útero, da vulva, da vagina, e do ânus, sorotipos (6 e 11) verrugas genitais (condiloma).

A infecção pelo HPV é muito comum; na ausência de vacinação, a maioria dos indivíduos sexualmente ativos é infectada pelo HPV durante a vida.

A maioria das infecções por HPV desaparece sem sequelas, mas algumas podem progredir para doenças relacionadas ao HPV, incluindo câncer do colo do útero e seus precursores (NIC graus 1, 2 e 3), cânceres de ânus, da vulva, da vagina e do pênis e seus precursores (NIA, NIV e NIVA), e neoplasia intraepitelial peniana (NIP), verrugas genitais e lesões no trato aerodigestivo, incluindo câncer de orofaringe e papilomatose respiratória recorrente.

A hepatite B, pode infectar pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica – forma que acomete 90% dos bebês contaminados ao nascer. Esta hepatite pode se desenvolver como hepatite crônica e pode levar ao câncer de fígado. Especialmente indicada para gestantes não vacinadas.

Esquema sugerido pelo Ministério da Saúde e sociedades científicas

  • Para a vacinação rotineira de crianças, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: ao nascimento e aos 2, 4 e 6 meses de vida. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento e aos 2 e 6 meses de vida.

  • Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos (eventualmente não vacinados no primeiro ano de vida), o PNI, a SBP e a SBIm recomendam três doses com intervalo de um mês entre primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira.

  • Prematuros vacinados ao nascer necessitam, obrigatoriamente, de quatro doses.

  • Para crianças a partir de 12 meses de idade, adolescentes e adultos, as clínicas privadas de vacinação dispõem ainda da vacina que combina hepatite A e hepatite B em uma única injeção. Em menores de 16 anos, duas doses com intervalo de seis meses. Nas maiores, o esquema é de três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda e de cinco meses da segunda para a terceira.

  • Pessoas com comprometimento do sistema imunológico necessitam de dose dobrada em quatro aplicações (esquema 0-1-2-6 meses), para melhorar a resposta ao estímulo produzido pela vacina. Devem realizar exames periódicos para acompanhar os níveis de anticorpos e, sempre que a quantidade diminuir, receber um reforço com dose dobrada.

Porque estamos chamando a atenção para estas vacinas em 2024?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou alguns dias atrás, um documento salientando que cresceu o número de óbitos anuais causados por doenças do fígado. Foram 1,3 milhões no ano passado, um aumento de 200 mil mortes, ou seja, aumento de 83% por hepatite B e 17% por hepatite C, ou seja, as hepatites virais passaram a ser, a segunda doença infecciosa que mais mata, atrás apenas da tuberculose. 

Sabendo que não existe ainda vacina contra hepatite C, registrada na ANVISA e nem em uso comercial, resta em termos de prevenção um olhar especial para a vacinação contra a hepatite B.

Portando hoje temos no mercado de vacinas no Brasil, registradas na ANVISA, a vacina contra HPV e contra hepatite B. Vamos aguardar que os cientistas venham a desenvolver outras vacinas que venham para ajudar na luta contra o Câncer.